Não gosto de ver animais presos em jaulas, correntes ou gaiolas. Desconfio que quem os prende tem, no fundo, um pouco de torturador. Como eu gostaria de vê-los presos como os animais.
Tenho dois pássaros que são os meus filhos. Gosto de vê-los livres e felizes. Fujam dos que quiserem lhes podar as asas; depredadores frustrados e amargos, que se puderem lhes prendem em uma gaiola com a desculpa que os amam. Apenas querem fazer de vocês bichinhos de estimação, que usam e abusam. Estão sempre prontos para dar o bote.
Corram, fujam, voem bem alto. Curtam a vida, a liberdade é o bem mais precioso que temos. Se deixar, vão lhes colocar coleiras e chamar: "vem aqui, meu amor. Ou melhor: vem cá, meu bicho preso". Vivam a vida livres. Conhecer pessoas, curtir, amar sem prisão, viajar, deitar e rolar. Curtir tudo e todos. Como é bom provar doces, cada um tem um sabor especial. Que tal experimentar as pessoas? Algumas são mais doces, outras mais apimentadas. Às vezes uma pitada de sal... "da hora". O doce com o salgado pode ter um toque especial. Vamos provar de tudo e todos enquanto jovens. Uma troca de olhares e uma noite de sexo sem cobranças, é muito bom. É hora de viver, curtir. Depois pode ser tarde e percebe que só provou o "chuchu e o jiló".
Já fui pássaro livre, e como é bom lembrar e ter o que contar. Amar é ser livre. Foi o melhor que fiz na minha juventude, só lamento não ter feito muito mais. Tudo passa, o tempo passa. Hoje sou casada e feliz. Sou fiel, respeito e sou respeitada. Continuo pássaro livre, não cobro e não sou cobrada. Vivo no meu ninho com os meus pássaros. Como mãe que ama, lhes digo: Voem, curtam tudo, aproveitem. Não deixe passar, o tempo voa e não volta. Ninho vocês têm sempre que quiserem voltar. E quando quiserem construir o próprio ninho, não deixem que lhes aparem as asas. Sempre, sempre, sempre... Pássaros livres.
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